Mais um nome de peso declara seu voto ao Senador Democrata Barack Obama, o General e ex-Secretário de Estado Colin Powell (ver). O anúncio foi feito ontem em uma entrevista em um programa matinal Meet the Press quando Powell diz que seu partido tomou “ direções preocupantes nos últimos anos” quando “moveu-se mais à direita do que ele gostaria de ter visto" (ver). Powell disse que Obama, dos dois candidatos, além de possuir uma agenda mais inclusiva, é uma figura transformadora, além de representar uma mudança de geração necessária para os Estados Unidos no momento.
Relativamente à McCain, Powell criticou seu julgamento no tocante à crise financeira e à escolha da Governadora Palin como sua vice, alegando que a mesma não está preparada para ser presidente dos Estados Unidos, o trabalho do Vice-Presidente para Powell. Além dos pontos acima, Powell destacou a crescente campanha negativa realizada por McCain, chagando inclusive a ligar Obama à terroristas, assim como insinuar que alguém de fé islâmica não poderia ser presidente dos Estados Unidos.
Powell trás para Obama um forte endosso, uma vez que o mesmo além de ter sido general em uma das guerras de maior sucesso entre os americanos, a do Golfo (a primeira), ocupou cargos como Secretário de Defesa, Conselheiro de Segurança Nacional, assim como Secretário de Estado. Trás portanto o peso de um especialista nas questões nas quais Obama recebe mais críticas, a segurança e as relações externas. Powell afirma que sua decisão não foi repentina, mas sim resultado de um processo que vem moldando seu apoio nos úlitmos meses. Asssim sendo, os debates promovidos pela comissão eleitoral norte-americana certamente que teve algum peso nesta decisão. Deste modo, aqui no nosso botequim, trazemos em suma os pontos mais altos deste último debate.
Meet the Press - Powell endorses Obama
Meet the Press - Powell endorses Obama
No passado dia 16 de Outubro – há 19 dias das eleições norte-americanas – se deu o último debate (de três) entre os candidatos presidenciais. Mais uma vez, e talvez aqui o mais acirrado encontro entre os dois, Obama e McCain discutiram suas propostas de política interna (redução de impostos, seguro de saúde, alternativas energéticas, etc.). Sabendo de sua efetiva desvantagem, McCain trouxe ao debate o personagem do momento: Joe, the plumer ! Ora, a proposta de Obama se baseia num corte imediato de impostos para aqueles que ganham menos de 250.000 U$/ano, ou seja, a grande maioria da população norte-americana (95%). Assim, Joe, que atualmente ganha mais do que isso, veria um aumento em suas obrigações para com o Estado. E foi justamente neste ponto que McCain baseou seu discurso. Em termos menos rigorosos, nas conversas de botequim, isso se chama “desespero agudo”. Apesar das frases “eu não sou o presidente Bush” e “se quisesse concorrer com Bush deveria ter se candidatado há 4 anos”, o senador republicano não conseguiu convencer o público de sua emancipação face seu antecessor: “it didn’t happen!” diz Mark Preston a CNN (ver). De fato, Obama manteve cauteloso, calmo, e menos agressivo durante todo o debate, exactamente o oposto de seu rival. Em suma, pesquisas mostraram mais uma vez a superioridade do candidato democrata neste terceiro debate. Segundo a rede televisiva CNN, 58% de seus telespectadores acreditam que Obama realizou um melhor debate, contra 31% dos votos para o candidato republicano McCain (ver).
Atualmente, o senador Obama possui uma vantagem de 5% sobre McCain, bem como 277 dos votos gerais (sendo necessário 270 para vencer), como mostram os gráficos abaixo.
Estaremos então perante uma fase da política norte-americana onde um Hussein irá depor um Bush? Ainda restam duas semanas para as eleições que, na linha temporal da briga política entre republicanos e democratas, é uma eternidade. Mas entre uma e outra conversa de botequim, estaremos atentos aos próximos petiscos desse cardápio…
Apreciem!!!!
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