(fonte: IHT.com)
Ontem foi realizada a maior intervenção governamental no sistema bancário norte-americano desde a Grande Depressão. Nove dos maiores bancos dos EUA tiveram que aceitar vender suas ações ao Tesouro como forma do governo injetar US$ 250 bilhões no sistema bancário, plano este que teve sua origem do outro lado do Atlântico, com Gordon Brown. Essa foi apenas mais uma das inúmeras medidas tomadas pelos Bancos Centrais ao redor do mundo para lidar com a crise financeira. Dentre essas medidas está o sem precedentes corte de taxa de juros coordenada pelos principais Bancos Centrais do mundo, incluindo o americano (FED), o europeu (European Central Bank), o inglês (Bank of England) e “por coincidência”, segundo os chineses, o banco chinês (Banco Popular da China), além do famoso pacote de socorro de US$ 700 bilhões nos EUA.
Do outro lado do Atlântico, Gordon Brown (PM britânico), desenha um plano de resgate injetando um montante que pode chegar aos £ 500 bilhões. Brown consegue convencer seus pares europeus e uma Europa poucas vezes tão coordenada, libera em seu mercado um valor que pode chegar aos € 2 trilhões somando todos os 27 Estados-Membros. Sarkozy anunciou um pacote de € 360 bilhões, enquanto Merkel anuncia um de € 500 bilhões enquanto Áustria e Espanha disponibilizam perto de € 100 bilhões cada. Para uma linha do tempo da crise ver Linha do Tempo.
Do outro lado do Atlântico, Gordon Brown (PM britânico), desenha um plano de resgate injetando um montante que pode chegar aos £ 500 bilhões. Brown consegue convencer seus pares europeus e uma Europa poucas vezes tão coordenada, libera em seu mercado um valor que pode chegar aos € 2 trilhões somando todos os 27 Estados-Membros. Sarkozy anunciou um pacote de € 360 bilhões, enquanto Merkel anuncia um de € 500 bilhões enquanto Áustria e Espanha disponibilizam perto de € 100 bilhões cada. Para uma linha do tempo da crise ver Linha do Tempo.
Toda essa intervenção estatal na economia global leva à uma série de questionamentos. Primeiramente, pode levar à uma surpresa ao ver os EUA, grandes advogados do mercado livre e não interferência estatal nos assuntos econômicos, realizando algo dessa magnitude. Contudo, uma análise mais cuidadosa percebe que essa não é a primeira vez que o Tio Sam assume o controle de partes da economia. Outras perguntas podem surgir no tocante à gestão da economia global, será que estamos assistindo ao fim da ideologia do liberalismo/neo-liberalismo?! Quais seriam as estruturas econômicas globais necessárias para lidar com os problemas do século XXI em diante? Uma vez que as atuais são moldadas para lidar com um mundo saído da 2ª GM e congelar o status quo em favor dos vitoriosos. Perguntas difíceis de responder.
Contudo algumas reflexões podem ser tiradas. A primeira e mais óbvia é que a grande interdependência nos obriga a pensar em respostas cada vez mais concertadas ao abordar problemas cada vez mais compartilhados. A segunda é que fica cada vez mais claro que se fazem necessários novos mecanismos de regulação e governação global no tocante à economia. Novas soluções para novos problemas. O impacto disso nas correntes teóricas económicas e nos currículos universitários ainda está por vir e debater.
Nessa crise toda, duas pessoas claramente saíram ganhando. A primeira delas é Gordon Brown. O Primeiro-Ministro inglês vinha passando por grandes dificuldades na política interna inglesa e o seu plano ao ser corroborado por seus pares europeus, cruzar o Atlântico e tornar-se política global para lidar com a crise dá mais fôlego a ele e consequentemente ao seu partido. Outra pessoa que saiu ganhando nesta crise toda está menos falado. É o mega investidor Warren Buffet ao ver a sua fortuna aumentar em US$ 8 bilhões e assim superar Bill Gates como homem mais rico do mundo.
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